Cemitério do Tapanã faz em média 7 exumações por dia para conseguir enterrar vítimas da Covid-19

Desde janeiro, o número de enterros no Cemitério Público do Tapanã cresceu cerca de 40%, de acordo com a administração do espaço

Segunda onda da Covid-19 provoca sobrecarga nas funerárias de Belém

Desde janeiro, o número de enterros no Cemitério Público do Tapanã cresceu cerca de 40%, de acordo com a administração do espaço. Para que novos sepultamentos sejam feitos, é preciso realizar exumações que liberem espaço. Diariamente são realizadas em média sete exumações e sete enterros vítimas da pandemia.

“A nossa estratégia hoje são exumações. Entramos com o Diário Oficial, que nos autoriza a retirada de sepultamentos que tão há tempos abandonados e que a família não entrou com processo para requerer os restos mortais. Então nós retiramos aqueles que estão aí para poder receber os outros que estão chegando, devido a pandemia”, explica Edivaldo Oliveira, administrador do cemitério.

Em 2020, o sistema funerário da capital paraense entrou em colapso. Não haviam mais vagas para enterrar pessoas no Cemitério do Tapanã, o único cemitério público e rotativo de Belém.

Na época, a Prefeitura de Belém comprou parte do terreno de um cemitério particular, para garantir os sepultamentos. No espaço mais de mil pessoas foram enterradas, mas desde abril de 2020, não ocorrem mais sepultamentos nesse espaço.

Falta matéria prima

O aumento do número de mortes em Belém também sobrecarregou as funerárias. Falta matéria prima para produzir caixões.

“Afetou toda a cadeia produtiva e consequentemente vem faltando matéria prima para se fazer as urnas mortuárias. Nós temos os estocados compramos muitas urnas para poder atender as famílias”, diz o presidente do Sindicato das Funerárias do Pará, Ronado Borges.

Fonte: G1 Pará

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