“Não vejo outro caminho a não ser medidas mais duras”, diz AMM ao defender fechamento do comércio durante o dia

O decreto em vigor desde o dia 3 de março foi prorrogado na segunda-feira (15) e deve valer até 4 de abril

“Não vejo outro caminho a não ser medidas mais duras”, diz AMM ao defender fechamento do comércio durante o dia

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Franga, se mostrou desapontado com a prorrogação de decreto estadual mantendo as mesmas medidas restritivas as atividades econômicas, como o toque de recolher a partir das 21h. De acordo com o representante dos prefeitos, o governador Mauro Mendes (DEM) deveria ter adotado ações mais severas.

“Não adianta toque de recolher e fechar o comércio às 19h, se durante o dia as pessoas estão aglomerando, sem usar máscara ou quando usam é de forma inadequada, não respeitam o distanciamento físico dentro dos estabelecimentos. Estamos batendo recorde de morte e alta lotação nos leitos de UTI. Não vejo outro caminho a não ser adorar medidas mais duras, evitando a circulação das pessoas”, disse em vídeo publicado nas suas redes sociais.

O decreto em vigor desde o dia 3 de março foi prorrogado na segunda-feira (15) e deve valer até 4 de abril. Entre algumas medidas, o estado obriga que os estabelecimentos comerciais, de segunda a sexta, funcionem das 5h até às 19h. Aos sábados e domingos a permissão vale até 12h, com algumas exceções.

Mas, para Neurilan, é necessário que a circulação de pessoas também aconteça durante o dia, já que o comércio não estaria seguindo as recomendações de segurança, como manter o distanciamento social e exigente do uso correto da máscara.

O presidente da AMM pondera que apesar da boa iniciativa de firmar parceria com prefeitos para a abertura de novos leitos Covid, a medida não traz efeito imediato. “Nesse momento, vivemos o pico da pandemia em Mato Grosso. Isso mostra que o decreto não teve resultados. Precisamos diminuir a circulação das pessoas. Essas medidas anunciadas de aumento de leitos, demora um pouco a acontecer. Enquanto não estiverem plenamente funcionando, nós teremos pessoas morrendo”.

Fonte: Olhar Digital

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