Há um ano pandemia da covid chegava a Mato Grosso

Neste mesmo período há um ano, os primeiros casos eram registrados em diversas cidades brasileiras. À época, a “regra” para disseminação do vírus atendia um protocolo não oficial, no qual pessoas vindas do exterior importavam o vírus para o país

Governo de Mato Grosso

O  registra nesta terça-feira (16) um ano desde a publicação do primeiro caso de infecção pela covid-19 em Mato Grosso. De março passado até hoje, a Secretaria de Estado de Saúde notificou 274.788 casos da doença, dos quais em 6.456 ocorrências as vítimas não resistiram e morreram.

Diferente de março de 2020, no qual o sistema de saúde se preparava para lidar com a pandemia, no atual cenário os hospitais superlotaram com falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e leitos de enfermarias. O colapso, que foi assumido publicamente pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, atingiu a todos os setores e alterou as rotinas.

Neste mesmo período há um ano, os primeiros casos eram registrados em diversas cidades brasileiras. À época, a “regra” para disseminação do vírus atendia um protocolo não oficial, no qual pessoas vindas do exterior importavam o vírus para o país.

Seguindo o circuito nacional, em Mato Grosso o padrão se repetiu e o primeiro caso registrado foi de um homem de 42 anos, que havia retornado há pouco tempo da Itália – país mais atingido pela Sars-Cov-2 na Europa e que viria a se tornar um case global da pandemia.

Passado o primeiro caso – que recebeu atendimento em hospital particular -, não tardou a chegada da segunda ocorrência. No período, o alto número de suspeitas de contágio assustava a população, que, informada pelos noticiários, mergulhava em uma nova realidade.

Os casos confirmados, que de início eram verificados em um ritmo de conta-gotas, aceleraram exponencialmente. Na mesma velocidade, os governos começavam a dar suas primeiras respostas sobre como lidariam com o novo ambiente.

Em Mato Grosso, no primeiro momento, o Estado adotou medidas mais flexíveis, que foram frontalmente opostas às determinações adotadas pela Prefeitura de Cuiabá – que teve sua autonomia resguardada pelo Supremo Tribunal Federal.

Passado um ano, a intensidade da polarização não mudou, mas os lugares ocupados por cada gestor se inverteram, com relaxamento de decretos municipais e endurecimento do governo estadual.

A disputa entre a Capital e o Estado seguem até hoje, em uma competição por decretos, cobrança de ações e acusações mútuas. Para além da crise na saúde, a população tem de lidar com uma atmosfera de revanchismo nos Executivos (admitido e lamentado inclusive pela própria classe política).

A falta de insumos e a ausência de vacina marcaram a primeira onda, que chegou ao fim forçadamente empurrada pelo segundo momento da pandemia no estado.

O cenário mudou, ficou mais grave, com o acréscimo de variantes do vírus, falta de leitos e baixa expectativa de vacinação. Nos dois momentos mais danosos da pandemia, as constantes são as mesmas: alta nos contágios; um “sem-fim” de mortes e o revanchismo.

Na véspera de completar o primeiro ano de pandemia em Mato Grosso, o estado registrou número recorde de mortes em um único dia: 86 pessoas.

Com o “recado dado”, a pandemia segue a todo vapor no estado. Paralelamente, as tratativas para obtenção de vacinas também são articuladas. Nesse contexto, a esperança da população é que os acordos do alto escalão firmados a portas fechadas sejam potentes e rápidos os suficiente.

Fonte: Gazeta Digital

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