Quatro médicos são condenados por ‘exames fantasmas’ e terão que devolver R$ 2,3 milhões aos cofres públicos em Cuiabá
Eles também perderam a função pública, tiveram os direitos políticos suspensos e foram proibidos de fazer contratos com o poder público por dez anos.
A Justiça condenou quatro médicos por desvio de dinheiro dos cofres públicos por meio de ‘exames fantasmas’ de pacientes que não existiam, feitos em laboratórios que tinham convênio com o antigo Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso (Ipemat), em Cuiabá. Os profissionais terão que devolver R$ 2,3 milhões ao Poder Público.
Hilvanete Monteiro Fortes, Hildevaldo Monteiro Fortes, Thiers Ferreira e Jorge de Figueiredo também perderam a função pública, tiveram os direitos políticos suspensos e foram proibidos de fazer contratos com o poder público por dez anos.
O G1 tenta localizar a defesa dos médicos.
A decisão é da última quarta-feira (10). O processo corre na Justiça há quase 17 anos. O Ipemat foi extinto em 2003.
De acordo com o processo, os médicos atestavam exames realizados por cinco laboratórios que tinham convênio com o Ipemat. No entanto, esses exames não existiam.
No esquema, eram apresentados requisições de exames, pedidos médicos e laudos falsos, que eram assinados e encaminhados pelo representante da empresa prestadora de serviços médicos para a aprovação e pagamento dos valores cobrados pelos serviços.
Dessa forma, os laboratórios recebiam por serviços que não tinham sido prestados.
Outras três pessoas que participaram do esquema também foram condenadas a perda de função pública e pagamento de multa e danos morais coletivos.
Fonte: G1 MT