MP denuncia 17 membros de facção e penas podem passar de 100 anos de prisão
O MP (Ministério Público do Estado de Mato Grosso) denunciou 17 pessoas por organização criminosa, prática de tortura mediante sequestro, homicídio qualificado (consumado e tentado), ocultação de cadáver, extorsão qualificada e corrupção de menores.

As penas poderão passar de 100 anos em relação a alguns acusados. A ação tramita na 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá.
A denúncia foi oferecida na última sexta-feira (5), no âmbito da Operação Torquemada. Os crimes foram motivados por disputa territorial pelo mercado de tráfico ilícito de drogas entre as facções criminosas.
De acordo com o MPMT, os crimes foram cometidos contra duas vítimas, porque os acusados acreditavam que elas possuíam envolvimento com uma das facções.
Vítima fingiu estar morta
Consta na denúncia, que uma vítima foi torturada por horas, com agressões físicas em dois cativeiros. Os acusados chegaram a inserir agulhas embaixo das unhas de suas mãos e pés, além de terem arrancado oito unhas dos pés e jogado álcool nos dedos.
Partes de seu corpo também foram queimadas com isqueiro. Conforme o MPMT, os denunciados tentaram efetuaram disparos que a atingiram na região da nuca e nas costas.
A vítima só sobreviveu porque fingiu-se de morta e depois saiu em busca de ajuda, recebendo tratamento médico no Hospital Regional de Alta Floresta.
Carlos Eduardo Santos Azevedo também foi torturado e ao final foi executado com golpes de faca e disparos de arma de fogo.
Do grupo,13 estão presos em unidades prisionais de Alta Floresta, Colíder e Cuiabá. Os atos também tiveram a participação de cinco adolescentes.
A organização, segundo o MPMT, era liderada por uma mulher, atualmente presa e recolhida no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May. Os crimes ocorreram em abril deste ano.
Fonte Primeira Página