Nova pesquisa aponta que o cérebro humano não diminuiu nos últimos 3 mil anos

Um novo estudo feito pela Universidade de Nevada (UNLV), em Las Vegas, e publicado na revista Frontiers in Ecology and Evolution, concluiu que o cérebro humano não sofreu nenhuma redução nos últimos 3.000 anos, como apontava uma pesquisa anterior publicada no mesmo veículo.

De acordo com a matéria publicado no Olhar Digital, as observações dos primeiros pesquisadores divulgadas na revista são oriundas de um estudo feito com formigas, pois, assim como os seres humanos, elas se organizam em sociedades e dentro de um grupo social onde o conhecimento e a produção são elementos compartilhados, os cérebros podem diminuir de tamanho.

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Ao se depararem com essas conclusões, os pesquisadores da UNLV decidiram refutar essa hipótese que ganhou destaque entre os membros da comunidade científica. Eles acharam essa teoria no mínimo curiosa, pois o século XII a.C foi marcado por diversos eventos como a construção de grandes impérios, a ascensão da agricultura, o desenvolvimento de sociedades complexas ao redor do mundo, entre outras situações.

Para tentar desvendar esse mistério sobre o cérebro humano, os cientistas reanalisaram os dados obtidos pelo autor da pesquisa publicada na revista e estudaram 1.000 espécimes de fósseis humanos primitivos e museus. Segundo as novas conclusões, o conjunto de dados é fortemente distorcido porque mais da metade dos 987 crânios examinados representam apenas os últimos 100 anos de um período de 9,8 milhões de anos de tempo.

Além disso, o primeiro estudo utilizou como amostra apenas 23 crânios do período mencionado na hipótese de encolhimento cerebral e juntou os artefatos de locais como Inglaterra, China, Mali e Argélia. Esses dados de intervalo e quantidade pouco representativa, portanto, não dão aos cientistas uma boa ideia do quanto o tamanho craniano mudou ao longo do tempo.

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Imagem: Ilustração 3D de um cérebro humano. Créditos: Axel_Kock/Shutterstock

Novas conclusões sobre a evolução do cérebro humano

Durante esse processo, o antropólogo da UNLV, Brian Villmoare, percebeu que “o tamanho do cérebro não mudou em 3.000 anos, e provavelmente não em 30.000 anos”. Para ele não foi possível “identificar redução alguma no tamanho do cérebro de humanos modernos durante qualquer período de tempo desde as origens de nossa espécie.”

Múltiplas hipóteses sobre causas de redução no tamanho do cérebro humano moderno precisam ser avaliadas para decretar que esses órgãos mudaram ou não de tamanho desde a chegada de nossa espécie.

Via: Science Daily

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Fonte Olhar Digital

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