Sespa confirma 9 casos da variante brasileira do coronavírus em Óbidos, Monte Alegre e Santarém

O Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen-PA) firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para realizar o sequenciamento genético das amostras.

Lacen-PA firmou parceria com a Fiocruz para sequenciamento genético de amostras positivas de Covid-19 — Foto: Agência Pará/Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou no fim da manhã desta quarta-feira (10), em sua conta do Twitter, 9 casos da variante brasileira do novo coronavírus, chamada de P.1, nos municípios de Santarém, Óbidos e Monte Alegre, todos na região do Baixo Amazonas.

Para realizar o sequenciamento genético das amostras, o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen-PA) firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Segundo o diretor geral Lacen-PA, Alberto Jorge Junior, o laboratório paraense enviou 25 amostras positivas de Covid-19 para sequenciamento genético na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

De acordo com a Sespa, as 25 amostras foram testadas por RT PCR, sendo que 22 amostras são de pacientes dos municípios que compõem o Baixo Amazonas (Santarém, Óbidos e Monte Alegre) e três amostras de investigação clínico epidemiológica de pacientes procedentes de Manaus (AM), internados no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém.

No dia 30 de janeiro, a Sespa havia confirmado os dois primeiros casos da variante P.1 no Pará, ambos de pacientes do município de Santarém, sendo um homem de 58 anos que teve contato com a irmã que viajou de Manaus (AM) para Santarém no fim do ano passado, e uma mulher de 26 anos que informou não ter tido contato com pessoas vindas do estado do Amazonas, onde a variante foi detectada pela primeira vez no Brasil. Com mais 9, subiu para 11 casos o número de casos confirmados da variante no Baixo Amazonas.

Após a confirmação dos dois primeiros casos da variante P1, o governo do estado mudou o status do bandeiramento na região do Baixo Amazonas – de vermelho (alto risco) para preto (lockdown) -, restringindo o funcionamento de atividades essenciais e proibindo o funcionamento de atividades não essenciais, para reduzir a circulação de pessoas, com objetivo de frear o avanço da contaminação.

Potencial de transmissão

Nos dois primeiros casos da variante confirmados em pacientes de Santarém, o Laboratório de Vírus do Instituto Evandro Chagas informou que as cepas de SARS-CoV-2 identificadas no estado do Pará mostram-se semelhantes às da linhagem P1, apresentado, desta forma, alterações nas posições 484 e 501 da proteína Spike.

Estudos conduzidos no Reino Unido e na África do Sul têm sugerido que estas alterações podem estar associadas a um maior potencial de transmissão desta variante. “Entretanto investigações ainda precisam ser conduzidas para comprovar que esta variante seja mais virulenta em comparação a outras previamente identificadas no Brasil”, disse o Instituto.

Nos 9 casos divulgados nesta quarta-feira, a Seção de Vírus Respiratórios do Lacen-PA, verificou o alto índice de positividade, assim como a alta carga viral e ciclo de detecção baixo dos pacientes, obedecendo os critérios estabelecidos para amostras passíveis de sequenciamento.

“Segundo a resposta das análises que recebemos da Fiocruz, de acordo com a carga viral foi possível recuperar o genoma completo de 18 amostras, nove apresentaram mutações condizentes com a linhagem P.1 e as três amostras de pacientes procedentes de Manaus-AM, não foram possíveis sequenciar “, explicou Alberto Jorge Junior, do Lacen-PA.

Fonte: G1 Pará

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