Julho de 2022 foi o mês mais quente em Campo Grande nos últimos 36 anos
Um sol quente e temperaturas lá em cima. A cena representa uma tarde típica de janeiro… só que no meio do ano, e bem no inverno. Conforme a meteorologia, julho de 2022 foi o mês mais quente em Campo Grande nos últimos 36 anos.
“Pra inverno tá quente sim. Totalmente desregulado. Quando chegar dezembro, vai acontecer o quê?”, indaga José Montini, na Praça Ary Coelho, centro da capital de Mato Grosso do Sul.
Ainda segundo a meteorologia, a média histórica para o mês é de 28,1°. Porém, em 2022, ficou em 29,7°. A temperatura mínima também saltou: 3,9°. O “calourão” tem uma explicação.
“A temperatura mais elevada do que deveria em virtude dos bloqueios atmosféricos e, principalmente, pela presença do fenômeno ‘la niña’”, diz o meteorologista, Natálio Abraão.
Se você está andando pela cidade, sente mais ainda o intenso calor.
“O centro tem muito concreto. Ele tenta absorver o calor, manter-se aquecido e mesmo depois que os raios solares já foram embora, ele vai entregando esse calor ao ambiente, aos poucos. Ou seja, a temperatura do ar fica quente”, ressalta o biólogo Kwok Chiu Cheung.
“Quem tem jardim em casa, grama, plantas ornamentais: precisam de irrigação mais frequente por conta desse período. As filhas tendem a queimar, desidratar”, completa Cheung.
O biólogo também chama atenção sobre os animais e as consequências que eles têm, como os humanos.
“Vão sofrer como nós vamos sofrer. Que dizer, tempos mais quentes, umidades mais baixas, a gente sente rapidamente o ressecamento da pele, dos cabelos, dos lábios”, enfatiza.
E agosto?
De acordo com Natálio Abraão, as temperaturas em agosto devem subir no decorrer do mês.
“Teremos máximas ultrapassando os 35, 36° em Campo Grande e no oeste [do Estado], como Miranda, Corumbá e Ladário”, afirma.
“Região de Bodoquena pode se aproximar dos 39°, totalmente atípico para inverno”, finaliza o meteorologista.
Fonte Primeira Página