Novo golpe com aplicativo bancário cresce nas redes sociais

Servidora fez transferência com taxa de transporte em sorteio falso de celular

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Ilustrativa

O Pix, caçula e “xodó” entre os aplicativos bancários, apresentado como solução para reduzir custos e taxas em operações financeiras, possibilitando pagamentos instantâneos usando o número do CPF, também já se tornou um importante mecanismo para aplicação de golpes.

Depois de fazer o chamado “phishing”, o que significa “pescar” os dados do usuário por meios ilícitos, há estelionatários fazendo contato direto nos celulares dos usuários e aplicando golpes.

Essa “pesca” pode ocorrer, por exemplo, quando a pessoa responde a emails fornecendo dados bancários, acessa sites ou preenche cadastros em plataformas de credibilidade duvidosa, entre tantos outros meios.

Para se somar a essa “pesca” de informações, facilitando ainda mais a vida dos criminosos, ocorreu o vazamento, amplamente divulgado pela mídia, de dados de mais de 200 milhões de brasileiros, incluindo CPF, data de nascimento, endereço e número do telefone celular.

A verdade é que o brasileiro nunca esteve tão vulnerável às ações dos golpistas.

Ficou para trás o tempo em que esses bandidos precisam abordar suas vítimas nas ruas, nas proximidades dos bancos.

E foi isso que aconteceu, na semana passada, em Cuiabá, com a servidora pública A.L.C., 36 anos.

Ainda em choque, ela disse que tem vergonha de se identificar, mas entende como uma obrigação fazer o alerta público.

A servidora contou que costuma se cadastrar em sites e perfis para participar de promoções e sorteios de brindes e prêmios.

Via celular, foi informada que havia sido premiada com o um celular, cujo preço seria R$ 2,5 mil. Acreditou.

Em seguida, a informaram que até poderia receber o novo aparelho sem taxa de transporte, mas isso demoraria até 40 dias.

Também disseram que havia uma maneira de agilizar a entrega e ela receberia rápido, em 48 horas. Desde que aceitasse pagar uma taxa de R$ 201,90.

“Aceitei pagar, esse foi meu maior erro”, lamentou.

Continuando, ele disse que o golpista lhe enviou um número do Pix e ela fiz o pagamento – uma transferência de R$ 202.

O golpista reclamou. dizendo que teria de ser o valor exato, nem mais, nem menos, e que, como ela errara, teria de fazer outra transferência no valor exato.

Somente depois disso, acrescenta, percebeu que havia acabado de ser vítima de um golpe.

No minuto seguinte, foi bloqueada e não conseguiu mais fazer contato com o golpista.

Fonte: Alecy Alves | Diário de Cuiabá

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