Calor e futebol podem fazer a ação da Ambev ABEV3 subir até 20%

Duas coisas costumam impulsionar as vendas de cerveja: futebol e calor. Só na capital paulista este ano, julho é o mais quente desde 1984, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para o mês, a média da temperatura máxima normalmente seria de 23ºC. Mas, com o verão fora de época, neste ano, a média já está em 25,9ºC. O mesmo se repete por boa parte do Brasil.

A fabricante de bebidas Ambev (ABEV3) está de mãos para o céu agradecendo essas temperaturas atípicas. O calor e a Copa do Mundo, em novembro, estão colocando fim num período de queda nas ações da empresa, que é dona de marcas como Skol, Brahma, Colorado, Budweiser, Beck’s, Corona e muitas, muitas outras, segundo analistas de mercado.

O que está acontecendo com as ações? Do início de 2022 até o meio de junho, os papéis da empresa caíram 13,13%. Mas desde então, eles ensaiam uma recuperação e já passaram de R$ 13,03 em 17 de junho para os atuais R$ 14,81. Só nos últimos 30 dias, a recuperação é de 6,78%.

Essa tendência de alta existe, mas o papel ainda precisa de um empurrão para subir mais, diz Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, que estima uma valorização de 10% a 20% para a ação até o fim do ano.

Como a Copa do Mundo vai afetar a ação? O bom é que, antes do ano acabar, outro evento deve fomentar as vendas de cerveja da Ambev: a Copa do Mundo no Catar, em novembro.

A expectativa é que a empresa venda ainda mais cerveja com a Copa, a redução da pandemia e a maior adesão da população a eventos sociais, diz Régis Chinchila, da equipe de análise da Terra Investimentos.

Além disso, espera-se um alívio inflacionário e preços de produtos básicos, como o trigo, uma das matérias-primas mais usadas pela Ambev, em níveis menores. “Isso acarretaria a evolução nas margens da companhia, resultando na valorização do ativo nos próximos meses”, prevê Luis Novaes, também da equipe de análise da Terra Investimentos.

O que os analistas estão esperando para a empresa? A Ambev apresenta seus resultados depois de amanha, na quinta-feira dia (28). Para os analistas do Itaú BBA a companhia deve apresentar uma “dinâmica de receita melhor do que o esperado para a cerveja no segundo trimestre de 2022”.

A margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (margem ebitda) ainda deve vir reduzida por conta do aumento significativo no custo de produção.

Então vale investir? De 18 casas especializadas e bancos que analisam as ações, dez recomendam a compra, dentre eles a XP Investimentos, o Banco do Brasil, o Scotiabank, o Santander e o HSBC. A XP, por exemplo, calcula preço alvo de R$ 18, o que representa uma valorização potencial de 42% para 12 meses.

Outros três recomendam a venda: Goldman Sachs, Morgan Stanley e UBS. Outros cinco acham melhor não vender, nem comprar: BTG Pactual, Itaú BBA, JP Morgan e Bank of America. A Valor tem recomendação neutra, com preço alvo em R$ 17,50.

Qual é o risco de investir? O maior risco associado à ação é a inflação: com o aperto no bolso do consumidor, ele pode cortar a cerveja de sua lista de compras. A alta do dólar, que encarece o preço do trigo, também influencia no custo da empresa e, consequentemente, no valor da ação.

Fonte UOL

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