BC dos EUA deve acelerar alta para conter inflação histórica

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Pressionada pela alta dos combustíveis e dos alimentos, a inflação avançou 1,3% em junho nos Estados Unidos, chegando a incríveis 9,1% nos últimos 12 meses —o maior nível para o período em 41 anos.

Em meio à alta dos preços, as projeções para a maior economia do mundo têm se deteriorado em ritmo acelerado, fazendo crescer os temores de uma recessão.

A inflação se aproxima dos dois dígitos nos EUA, enquanto os juros ainda se encontram no patamar entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Para buscar a estabilidade de preços, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deverá acelerar ainda mais o ritmo de alta dos juros.

Entre os dias 26 e 27 deste mês, os membros do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária dos EUA) se reunirão para decidir os rumos da política monetária norte-americana, e as apostas já se concentram em uma alta entre 0,75 e 1,0 ponto percentual da taxa básica de juros.

Contudo, apesar de necessária, a elevação dos juros aumenta exponencialmente o risco de recessão, uma vez que esse movimento torna o crédito mais caro e desestimula o consumo, esfriando a atividade econômica.

Assim, a cada novo passo do Fed em terreno contracionista, as perspectivas para o mercado norte-americano – e global – se deterioram ainda mais, o que se reflete nos preços dos ativos.

Desde o início deste ano, quando o cenário base ainda era muito mais otimista, o índice de ações S&P 500, o mais importante dos EUA, acumula perdas de mais de 20%. Ao que tudo indica, há espaço para que as Bolsas de Valores dos EUA caiam ainda mais antes de os preços atingirem a estabilidade.

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Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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Fonte UOL

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