Agência Espacial Europeia corta laços com a Rússia em missão de rover em Marte

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) encerrou sua cooperação com a Rússia para lançar o primeiro rover planetário da Europa, disse o chefe da agência na terça-feira (12).

A Roscosmos, a agência espacial russa e a ESA estavam colaborando em uma missão envolvendo o ExoMars Rover europeu, projetado para procurar sinais de vida em Marte.

O lançamento do rover, previsto para setembro de 2022, foi inicialmente suspenso em março, apenas algumas semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Agora, o Conselho da ESA cortou oficialmente os laços com a Roscosmos neste projeto conjunto como resultado da guerra na Ucrânia e das sanções em andamento, escreveu o diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher, na terça-feira no Twitter.

Haverá mais detalhes compartilhados sobre o futuro da missão em 20 de julho, disse ele.

A ESA está considerando trabalhar mais de perto com a Nasa desde que ficou claro que a agência precisava “cortar” seus laços com a Rússia, disse Aschbacher.

“Geopoliticamente, está claro que precisamos cortar nossos laços com a Rússia, e essa decisão foi tomada pelos estados membros”, disse Aschbacher anteriormente à CNN. “Então, sim, é realmente lamentável para toda a ciência e tecnologia e os engenheiros que trabalham nisso há quatro décadas. Mas não há outra escolha a fazer.”

O rover estava originalmente programado para ser lançado em julho de 2020, mas a pandemia atrasou a janela de lançamento.

ExoMars também é conhecido como Rosalind Franklin, uma cientista reverenciada que ajudou na decodificação da estrutura molecular do DNA, de acordo com a ESA.

Parte da missão do rover inclui fazer furos de até 6,6 pés (2 metros) para coletar amostras para análise a bordo. Espera-se que o ExoMars viaje vários quilômetros durante sua missão e seja capaz de se mover entre 50 e 100 metros por dia marciano, o que é pouco menos de uma hora a mais do que as 24 horas da Terra, de acordo com a Nasa.

Sugam Pokharel, Amy Cassidy e Katie Hunt, da CNN, contribuíram para este artigo.

Fonte CNN Brasil

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