Imagens mais nítidas do Universo ajudam a mapear formação de sistemas, diz astrônoma
A divulgação das primeiras imagens coloridas capturadas pelo telescópio James Webb apresentaram à comunidade científica nesta semana detalhes do Universo nunca antes vistos. Segundo a doutoranda e mestra em Astronomia da Universidade de São Paulo, Catarina Aydar, em entrevista à CNN nesta terça-feira (12), as fotografias mais nítidas permitem “mapear melhor como é que os sistemas, como o Sistema Solar, se formam, com as estrelas e os planetas orbitando”.
As fotos demonstram que as câmeras do Webb são capazes de observar através da poeira cósmica e capturar cenas de bilhões de anos atrás, possibilitando aos cientistas entenderem detalhes sobre a formação de estrelas e buracos negros, por exemplo.
“Quando a gente observa as origens do Universo, e a gente compara com onde a gente está agora, a gente consegue entender como que o Universo evoluiu. E assim a gente consegue até entender um contexto melhor do que é o nosso estar aqui e agora”, explicou Aydar.
Além dessas imagens, o telescópio capturou também a assinatura distinta de água, juntamente com evidências de nuvens e neblina, na atmosfera do exoplaneta WASP-96b.
De acordo com a astrônoma, o registro aponta para água em estado gasoso. Segundo ela, os cientistas estão “procurando lugares com água líquida e, também, alguns outros tipos de marcadores, como Metano e Dióxido de Carbono — algumas moléculas que a gente associa com a vida — para ver se tem, realmente, vida fora da Terra”.
Com as divulgações da Nasa, Aydar participará de uma pesquisa para analisar os novos dados. “A gente vai observar as duas radiogaláxias mais distantes, ou seja, mais antigas, do comecinho do Universo, quando o Universo era mais jovem, que a gente conhece até então, para caracterizar um pouco e entender melhor, comparando com as outras galáxias que a gente conhece aqui, como que o Universo evoluiu.”
*Com informações de Ingrid Oliveira
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Fonte CNN Brasil