Anywhere Office: como aderir ao novo formato de trabalho?

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Teletrabalho, home office ou trabalho remoto – Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um dos meios de trabalho que mais se popularizou com a pandemia foi o Anywhere Office – termo que faz referência à possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, desde que esteja conectado à internet. A diferença entre este e o trabalho remoto é tênue: enquanto no Anywhere Office é tudo digitalizado e, muitas vezes, há uma comunicação assíncrona, no trabalho remoto o colaborador precisa de mais estrutura para desempenhar sua função, limitando onde e quando pode desempenhar uma tarefa.

Trabalhar de qualquer lugar do mundo tem atraído muitos adeptos ao redor do globo, mas isso não é novidade: desde o início da década de 2010, o estilo de vida ‘nômade digital’ começou a se popularizar, principalmente entre os mais jovens. A diferença é que a maioria dos profissionais eram freelancers. Agora, com a expansão do trabalho não presencial, o número de profissionais aumentou significativamente.

Estima-se que 35 milhões de profissionais são adeptos ao estilo de vida nômade em todo o mundo, segundo Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial. E o futuro é promissor para quem planeja adotar o estilo de vida: ainda de acordo com o relatório, estima-se que um bilhão de pessoas serão nômades digitais até 2035.

Alguns destinos são os preferidos deste perfil profissional. Segundo pesquisa realizada pela Corretora Imobiliária Global Savillis, Lisboa foi eleita a melhor cidade para se trabalhar como nômade digital, seguida de Miami.

Rafael Gianesini, CEO e cofundador da Cidadania4u, aponta que um dos principais atrativos do estilo de vida nômade é a possibilidade de intercambiar turismo e trabalho por um longo período, mas alerta que é preciso prestar atenção nas regras de permanência dos países. “Alguns países têm regras mais flexíveis e vistos especiais para quem planeja trabalhar como nômade digital, como é o caso da Itália. Mas, ainda sim, é preciso pesquisar sobre as legislações locais antes de traçar o itinerário para evitar surpresas desagradáveis”, explica Gianesini.

O executivo também destaca que o passaporte brasileiro tem algumas limitações para países da União Europeia: quem quiser permanecer mais de 90 dias no continente precisará de um visto especial, portanto, é preciso um planejamento mais detalhado para a empreitada.

Gianesini conta que, para brasileiros com descendência europeia, esse problema pode ser resolvido de forma mais simples. “Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros podem reconhecer a nacionalidade italiana. Além disso, o trâmite para cidadania portuguesa está facilitado. Com a cidadania europeia, é possível ter livre trânsito na maioria dos países da Europa, e trânsito facilitado para os Estados Unidos. O cenário ideal para os nômades digitais”, finaliza o executivo.

Fonte Agora MT

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