Campo Grande tem a 3ª maior alta no preço do leite e da manteiga do país

O preço dos alimentos continuam em alta em Campo Grande. Desta vez, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em junho de 2022, a inflação se concentrou principalmente no leite integral e na manteiga, que teve um aumento de 12,95%.

Alta no leite e derivados impulsionou aumento em Campo Grande (Foto: Naiane Mesquita)
Alta no leite e derivados impulsionou aumento em Campo Grande (Foto: Naiane Mesquita)

Os dados foram divulgados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Campo Grande aparece em terceiro lugar, atrás somente de Belo Horizonte (23,09%) e Porto Alegre (14,67%).

O Diesse ainda isolou a manteiga na pesquisa, o que reflete diretamente na posição da capital de Mato Grosso do Sul no ranking. Neste caso, ela aparece em primeiro lugar, com aumento de 5,69%, seguido por Belém (5,38%) e Recife (3,23%). As taxas para o produto ainda oscilaram em 23,85%, em Campo Grande.

Já o leite UHT, as maiores variações acumuladas foram registradas em Belo Horizonte (48,89%), Florianópolis (46,70%) e Porto Alegre (44,55%). Em 12 meses, todas as cidades apresentaram acréscimo de preço nos dois produtos.

Queda na cesta básica

O preço da cesta básica em junho apresentou queda na variação mensal em oito cidades brasileiras, incluindo Campo Grande (-0,49%). As reduções mais expressivas foram registradas no Sul do país, nas cidades de Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%). O valor da cesta em Campo Grande em junho chegou a R$ 702,65.

Com esse valor da cesta, o Dieese estima que um trabalhador que recebe o salário mínimo – R$ 1.212,00, usa mais da metade da remuneração para se alimentar do básico.

Em junho de 2022, o tempo médio necessário de trabalho para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 26 minutos, maior do que o registrado em maio, de 120 horas e 52 minutos. Em junho de 2021, a jornada necessária ficou em 111 horas e 30 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em junho de 2022, 59,68% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, pouco maior do que o de maio, quando o foi de 59,39%. Em junho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,79%.

Campo Grande

Mato Grosso do Sul

Fonte Primeira Página

Entre no grupo do Olhar Cidade no WhatsApp e receba notícias em tempo real CLIQUE AQUI
Já assistiu aos nossos novos vídeos no
YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!