Morte de militar: família vai recorrer do arquivamento do processo
A família de Edilsio Morais da Silva Filho, morto aos 18 anos após participar de um treinamento do Exército, vai recorrer da decisão que arquivou o processo sobre a morte do militar. A informação foi confirmada pela irmã da vítima, Taynara Venceslau.
Taynara se mostrou frustrada, mas não surpresa com a decisão. “Mas infelizmente não é algo inesperado, né!? Já imaginávamos que acabaria assim, como tantos outros casos”, declarou, enfatizando que a família vai acionar o advogado que conduz o caso.
Processo arquivado
A decisão a que Taynara se refere é a do juiz federal da Justiça Militar, Jorge Luiz de Oliveira da Silva, publicada no dia 29 de junho. Em sua decisão, o magistrado enfatiza que as provas não são suficientes para condenar alguém. Ele conclui que, “não houve maus tratos por parte dos instrutores do Curso de Formação” e “não há indícios de ocorrência de fato criminoso”.
Edilsio Morais da Silva Filho morreu aos 18 anos, três dias após começar o treinamento do curso de oficiais temporários no 9º Batalhão de Engenharia de Combate em Aquidauana. Em mensagens enviadas à mãe ele detalhou a rotina exaustiva que estava vivendo.
O jovem morreu no dia 16 de fevereiro deste ano. Conforme a certidão de óbito, Edilsio Morais da Silva Filho foi a óbito em decorrência de rabdomiólise (síndrome grave que provoca a destruição das fibras musculares), efetivada por hepatite fulminante, arritmia cardíaca e desidratação.
Segundo o juiz que arquivou o processo, “não existe nos autos nenhum elemento que ligue a morte do aluno à presença de qualquer desses fatores, maus tratos, ou qualquer outra conduta ou circunstância enquadrada como crime militar”, declarou.
Fonte Primeira Página