Escritor de livro sobre eleição do Bolsonaro em 2018, manda recado ao Pablo Marçal, “não se ganha eleição só na Internet”
O escritor do Livro “A Internet elegeu o 38° presidente do Brasil”, Leandro Lima, mandou um recado ao presidenciável do Pros, Pablo Marçal, “não se ganha eleição só na internet”, afirmou.
“Pablo achou que seria abraçado pelo povo nos aeroportos como aconteceu com Bolsonaro, e isso não está acontecendo, está faltando foco e estratégia na pré-campanha, os dois que estão no topo já são conhecidos, ele como desconhecido tem que romper essa barreira, a pergunta que fica é, como?”, questiona Lima.
“Um ponto sobre Bolsonaro, não podemos esquecer quando a Dilma se elegeu em 2014, ele entrou em pré-campanha que durou 4 anos, Marçal chegou agora na corrida em um campo que ele não tem a bola e nem domínio sobre como é o jogo”, disparou.
Para Leandro Lima, empresário indo para política ainda é visto de certa forma com muito preconceito no Brasil, principalmente pela classe menos favorecida que não conseguiu ainda escalar na sociedade, “os mais pobres sempre vão achar que empresário está entrando na política para ‘roubar’ mesmo isso não sendo verdade”, argumenta.
A maioria da população é conservadora/cristã onde os líderes religiosos ensinam que “ser rico e próspero é um problema para alcançar a salvação”, isso reflete numa campanha eleitoral e sempre vão perguntar, “por que fulano quer entrar da política, é para ganhar dinheiro fácil, sem trabalhar?”.
Outro ponto que Pablo Marçal ainda não usou são os meios de comunicação pequenos, que tem uma influência enorme sobre pequenos territórios, “são mais de 5 mil sites e blogs nas cidades e microrregiões que facilmente podem ser acessados tendo uma boa assessoria de comunicação, esse pessoal precisa ser mapeado e receber a devida atenção, imagina o poder que esses cara tem sobre uma comunidade, estratégia ainda não utilizada por nenhum presidenciável”, explica.
Para Leandro o WhatsApp é outro ponto que Marçal está deixando passar despercebido, “Em 2018, Bolsonaro dava uma grande atenção aos apoiadores e administradores de grupos no WhatsApp, gravava vídeos, manda fotos, tinha uma verdadeira força tarefa para cuidar disso tudo, de forma voluntária”, esclareceu.
Para Lima simplicidade também precisa ser explorada, “imagina uma nação onde 80% da população vive com no máximo 3 salários mínimos, e tem pessoas vivendo com menos de meio salário mínimo, esse povo não está nem aí para helicóptero, avião, carro de luxo isso na cabeça deles ainda é inacessível, sendo que eles mal conseguem ter o arroz e feijão na mesa, o Pablo ainda passa muito o ar de superioridade, inacessível e de certa forma arrogante, ele precisa acessar a linguagem do povo, exemplo, filho do Bolsonaro tomando água na jarra, Bolsonaro comendo pão francês com leite condensado, são similaridade que existem na casa de todo brasileiro”, destacou.
Pablo Marçal é empresário, escritor e um dos infoprodutores mais influente do Brasil, “ele é uma boa opção para 2022, mas para romper a polarização precisa de mais esforço, estratégia e energia nessa pré-campanha”, finaliza.
Da redação
