Seis municípios de MT fazem aniversário nesta segunda-feira; conheça histórias
Seis cidades de Mato Grosso comemoram a data de fundação nesta segunda-feira (4). Campo Verde, Nova Mutum, Campo Novo do Parecis, Matupá e Juruena completam 34 anos e São José do Povo, 33 anos. Imigração e produção agrícola colaboram para crescimento e emancipação de municípios.
As novas cidades surgiram quando o Brasil acabava de entrar no período conhecido como Nova República. O estado era governado pelo segundo governador após a ditadura, Carlos Bezerra, pelo então PMDB (atual MDB).
História dos municípios
Campo Verde
A cidade começou a ser povoada por colonizadores de Minas Gerais, no século XVIII. Em 1896, sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o futuro marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, foi inaugurada na comunidade de Capim Branco a estação telegráfica Coronel Ponce, ajudando no desenvolvimento da região.
Após um período de estagnação de quase um século, sem nenhuma atividade econômica relevante. A agricultura e a pecuária começou a ter um novo cenário na segunda metade da década de 1960, quando migrantes vindos do Sul do Brasil se instalaram nas proximidades do entroncamento das rodovias BR-070 com a MT-140.
Com tecnologia adequada, o solo do cerrado tornou-se mais produtivo. Com os bons resultados do campo veio o crescimento populacional e, em 1988, o distrito de “Posto Paraná”, como o lugar passou a ser chamado, foi desmembrado de Dom Aquino, dando origem ao município de Campo Verde.
Nova Mutum
Em 1966 um grupo de empresários paulistas capitaneados por José Aparecido Ribeiro, adquiriu uma extensa área de terras, de aproximadamente 169 mil hectares no município de Diamantino, constituindo a Mutum Agropecuária S/A.
A empresa conseguiu a aprovação junto a Sudam de projeto de pecuária em área de 120 mil hectares, sendo 54 mil hectares de pastagens e 60 mil hectares para reservas florestais. O projeto de pecuária consistia em cria, recria e engorda de bovinos, divididos em dois grandes núcleos: Arinos e Mutum. O projeto foi implantado definitivamente em 1981.
Todos os primeiros moradores da região vieram do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tendo sido praticamente todos pequenos minifundiários no oeste dos dois Estados. De acordo com a estimativa do IBGE, a cidade tem atualmente 48.222 habitantes.
Campo Novo do Parecis
A cidade tem em seus aspectos históricos relações diretas com a história do marechal Cândido Rondon. Em 1907, Rondon passou pela região em busca do Rio Juruena, atingiu o Rio Verde e seguiu para o norte em busca do Salto Utiariti, fronteando o sítio onde nasceria o futuro município.
O território de Campo Novo foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha telegráfica: uma para oeste rumando para Utiariti e Juruena e outra para leste, em busca de Capanema e Ponte de Pedra.
A ocupação efetiva da região deu-se na década de 1970, com abertura de fazendas e a instalação de famílias de migrantes vindos de estados sulistas. No lugar, à beira da estrada entre Diamantino e Utiariti, povoaram diversas famílias. Em 1981, foi feita doação de 293 hectares de terras para formação de um patrimônio, com essa denominação.
Matupá
O município foi criado a partir da visão empreendedora dos acionistas da Colonizadora Agropecuária do Cachimbo, que propôs a destinação nobre a área ao projeto de pecuária de corte, Fazenda São José. Foi protocolado junto ao Incra o Projeto Urbanístico da cidade de Matupá, em 1984.
O nome dado pelos empreendedores Matupá advém da língua Tupi uma palavra de origem amazônica que tem dois significados: o científico, “Mato denso à beira dos rios e dos lagos” e outro humanizado, “Mato abençoado por Deus”.
Matupá foi criada para atender a necessidade de apoio em uma grande região com rápido processo de desenvolvimento e foi planejada para permitir industrialização de produtos na própria região. O distrito conquistou sua emancipação político-administrativa de Colíder, com Lei n.º. 5.317 de 04 de julho de 1988.
Juruena
A região que compõe o município de Juruena foi amplamente movimentada por exploradores, aventureiros e seringueiros, desde o século XIX, ainda sem colonização.
A partir de 1950, com o desenvolvimento da extração da borracha, na chamada “Terceira Borracha de Mato Grosso”, também os garimpeiros exploraram os rios, em busca de ouro e diamantes. A região de Juruena também se beneficiou principalmente com os projetos colonizadores de Mato Grosso, e pelos incentivos fiscais do governo federal.
Em 4 de junho, o governador sancionou a lei que desmembrava Juruena de Aripuanã. A estimativa populacional é de 16.811 pessoas.
São José do Povo
Única cidade completando 33 anos, na data deste 4 de julho, as origens do município se associam à história de Rondonópolis. José Salmen Hanze chegou a região na década de 1970, com a finalidade de desenvolver uma colonização. Os poucos recursos de que Hanze dispunha não permitiram uma infra-estrutura de grande porte. Mesmo assim a povoação deu impulso no final da década da pioneira colonização.
O nome da cidade se deve ao orago do lugar, São José, e a homenagem ao próprio povo da localidade, por própria conta e recurso levantou social e economicamente o município. Hanze destinou 63 ha para a formação da sede do povoado.
A vida dos moradores de São José do Povo estabilizou-se a partir da chegada do asfalto, pois o lugar situava-se a sete quilômetros apenas da rodovia entre Rondonópolis e Guiratinga. Um dos reflexos imediatos da ação pioneira foi a criação da Escola Agrícola de São José do Povo, conseguida por convênio federal. O município foi criado a partir da Lei Estadual nº 5.486, de 4 de julho de 1989.
Fonte Primeira Página