MPE pede a cassação do prefeito de Peixoto de Azevedo e cita apreensão de R$ 15 mil na véspera da eleição
Mauricio Ferreira de Souza foi reeleito com 42% dos votos, mas corre risco de perder mandato

O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do prefeito reeleito de Peixoto de Azevedo (672,5 km de Cuiabá), Mauricio Ferreira de Souza PSD) e seu vice, Gilmar Santos de Souza, por prática de caixa dois e abuso de poder econômico.
O pedido tem como base a prisão de um casal que foi detido no dia 14 de novembro – véspera da eleição – com aproximadamente R$ 15 mil e vários materiais de campanha do candidato. Na época, o MPE abriu uma investigação e descobriu que os valores seriam para fazer o pagamento de cabos eleitorais.
“Em verdade, pode-se observar que as referidas contratações materializaram esquema de utilização de recursos não contabilizados, havendo pagamento em espécie como forma de evitar o controle da Justiça Eleitoral em relação a origem dos recursos e, posteriormente, aos gastos promovidos a partir deles”, diz trecho da representação.
Por fim, o MPE destacou ainda que a mulher foi contratada de maneira oculta para que prestasse serviço aos candidatos. No entanto, os valores do serviço e os valores apreendidos não foram declarados à Justiça Eleitoral, o que configura prática de caixa dois.
Gilmar conseguiu foi reeleito com 6.552 votos (42.18%) no último dia 15 de novembro. “Firme nesse entendimento, forçoso admitir que o uso de recursos materiais e humanos fora do círculo permissivo da legislação eleitoral como o objetivo de obter vantagem para os candidatos, que resultaram na contratação de 43 (quarenta e três) pessoas para trabalharem paralelamente, e no emprego de recursos em espécie, na proporção estimada de aproximadamente R$ 12.900,00 (doze mil e novecentos) reais, comprometeu a legitimidade e normalidade da eleição”, cita a representação.
O documento foi encaminhado para a 033ª Zona Eleitoral de Peixoto de Azevedo.
Fonte: FolhaMax