Cartórios de MT apontam que ao menos 378 crianças estão órfãs devido pandemia

Os números são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais

Foto: Chico Ferreira/Gazeta Digital (GD)

Ao menos 378 crianças brasileiras de até 6 anos de idade poderão receber pensão especial, no valor de um salário mínimo, caso o Projeto de Lei incluído no relatório final da CPI da Covid, entregue nesta última quarta-feira (20) passe no Congresso Nacional. O benefício seria retroativo à data do óbito e pago, para o tutor legal, de acordo com o número de órfãos deixados, com limite de três salários mínimos.

Os números obtidos pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que representa os Cartórios de Registro Civil do Brasil e administra o Portal da Transparência (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), mostram que nove pais faleceram antes do nascimento de seus filhos, enquanto que, pelo menos uma criança, de até seis anos, perdeu pai e mãe vítimas da Covid-19.

“Os números fornecidos pela base de dados dos Cartórios auxiliam os poderes públicos no dimensionamento dos impactos causados pela Covid-19 no Brasil. Esses dados, que demonstram um triste cenário, são coletados pela parceria com a Receita Federal, onde é possível emitir certidões de nascimento para os recém-nascidos com o número do CPF. O levantamento é parcial, porém, muito impactante”, explica Velenice Dias de Almeida, presidente da Anoreg-MT.

Levantamento de dados

Esses dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 7.645 Cartórios de Registro Civil do País desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território nacional.

Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano. Já 18,2% tinham um ano de idade, 18,2% dois anos de idade, 14,5% três anos, 11,4% 4 anos, 7,8% 5 anos e 2,5% 6 anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os Estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta idade.

Os dados de nascimentos, casamentos e óbitos estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Arpen-Brasil, cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Fonte: Assessoria

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