Preços de medicamentos para hospitais sobem após 4 meses

Puxado pela alta de remédios no combate à covid, índice teve alta de 1,37% em dezembro

Foto: Pixabay

Puxado pela alta de medicamentos utilizados em casos graves relacionados à covid-19, os preços dos remédios fornecidos a hospitais voltou a subir em dezembro após quatro meses de quedas consecutivas.

Conforme pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Bionexo (empresa de tecnologia em gestão de saúde), o IPM-H (Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais) apresentou crescimento de 1,37% no último mês de 2020, encerrando o ano alta acumulada de 14,36%.

O resultado foi impulsionado pela variação registrada no preço médio de medicamentos atuantes no aparelho digestivo e metabolismo (+13,77%), sistema nervoso (+5,22%), sistema musculesquelético (+3,09%) e aparelho cardiovascular (+1,42%).

Esses grupos, ressaltam os pesquisadores, incluem medicamentos utilizados pelos hospitais em casos graves relacionados à covid-19, como propofol (anestésico), fentanila (analgésico) e omeprazol (distúrbios gastrointestinais).

No comparativo com outros índices de preço, a variação mensal do IPM-H superou o comportamento esperado do IPCA/IBGE de dezembro (+1,35%), bem como a inflação calculada pelo IGP-M/FGV (+0,96%).

Além disso, a elevação captada pelo índice de preço de medicamentos para hospitais também foi maior que a variação da taxa média de câmbio no mês (-5,02%).

Desde o começo da pandemia

De acordo com a pesquisa, com o último resultado, o IPM-H acumula uma alta de 12,15% desde o início da pandemia*, superando nesse horizonte temporal o IPCA/IBGE (alta acumulada de 4,04%).

Por outro lado, a variação no preço médio dos medicamentos ficou abaixo da variação acumulada do IGP-M/FGV (alta acumulada de 22,60%) e também da variação na taxa de câmbio no período (+18,53%).

O comportamento do IPM-H durante a pandemia é explicado pela elevação no preço médio observada em todos os grupos, destacando-se as variações no preço médio de medicamentos atuantes no aparelho cardiovascular (+53,61%), aparelho digestivo e metabolismo (+49,63%), sistema nervoso (+46,13%), sistema musculoesquelético (+21,37%), entre outros. Saiba mais aqui.

Fonte: R7

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