Hungria é primeiro país da União Europeia a conceder aprovação inicial às vacinas Sputnik V e de Oxford contra a Covid-19

Se forem usadas, a Hungria terá quatro vacinas autorizadas contra a Covid-19. País tem 11,7 mil mortos pela doença. Agência Europeia de Medicamentos ainda não autorizou o uso da Sputnik V, mas deve tomar decisão sobre imunizante de Oxford no dia 29. Emirados Árabes também aprovaram vacina russa

Profissional de saúde segura frasco da vacina Sputnik V em Moscou, na Rússia, no dia 18 de janeiro. — Foto: Shamil Zhumatov/Reuters

Hungria deu aprovação inicial a duas vacinas para a Covid-19: a Sputnik V, desenvolvida pela Rússia, e a vacina de Oxford. O país é o primeiro da União Europeia a conceder ambas as aprovações.

Os avais foram confirmados nesta quinta-feira (21) pelo chefe de gabinete do premiê húngaro, Gergely Gulyás, segundo a agência de notícias Reuters.

Se forem usadas, a Hungria terá quatro vacinas autorizadas contra a Covid-19: a da Pfizer, que começou a ser aplicada em 26 de dezembro; a da Moderna, aprovada no início deste mês, e as duas aprovadas agora.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) ainda não autorizou o uso da Sputnik V no bloco europeu; na quarta (20), a Rússia pediu o registro da vacina na União Europeia, segundo a Reuters. Uma decisão da EMA sobre a vacina de Oxford é aguardada para 29 de janeiro.

O ministro de Relações Exteriores do país, Péter Szijjártó, tem viagem prevista para Moscou nesta quinta-feira para reuniões sobre a Sputnik V.

A vacina é uma das que aguardam autorização de uso emergencial no Brasil.

Revisão de restrições

Policiais fazem patrulha durante um toque de recolher noturno imposto pelo governo húngaro para conter a propagação do coronavírus, em Budapeste, no dia 11 de novembro. — Foto: Bernadett Szabo/Reuters
Policiais fazem patrulha durante um toque de recolher noturno imposto pelo governo húngaro para conter a propagação do coronavírus, em Budapeste, no dia 11 de novembro. — Foto: Bernadett Szabo/Reuters

Gulyás disse que o governo húngaro reveria na próxima semana as atuais restrições para conter o coronavírus – mas afirmou que as medidas provavelmente não seriam suspensas até que vacinações em massa fossem realizadas e a taxa de infecção no país caísse.

Desde 11 de novembro, todas as escolas secundárias húngaras estão fechadas, assim como hotéis e restaurantes, exceto para refeições para viagem. Um toque de recolher foi declarado a partir das 19h. As restrições valem até 1º de fevereiro.

Nesta semana, a taxa de transmissão do coronavírus na Hungria ficou em 0,91, segundo levantamento do Imperial College de Londres. Na prática, isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 91. A do Brasil, em comparação, ficou em 1,20.

Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (de até 1) ou menor (de 0,79). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 100 ou 79, respectivamente.

Simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.

Segundo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins, a Hungria tem 355,6 mil casos de Covid-19 e 11,7 mil mortes pela doença.

Aprovação nos Emirados Árabes

Os Emirados Árabes Unidos também aprovaram, nesta quinta-feira (21), a Sputnik V para uso emergencial. A vacina é a terceira contra a Covid-19 a ser aprovada no país: as outras são a da chinesa Sinopharm e a da americana Pfizer, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech.

“A decisão vem como parte dos esforços abrangentes e integrados dos Emirados Árabes Unidos para garantir maiores níveis de prevenção contra o vírus e salvaguardar a saúde dos cidadãos e residentes do país”, disse a agência de notícias emiradense WAM.

O país é um dos que testaram a vacina, mas não divulgou resultados dos ensaios de fase 3 – quando a eficácia e a segurança da vacina são testadas em milhares de voluntários.

Já o fundo de investimento russo que financia a Sputnik V disse que mil voluntários dos ensaios já receberam a primeira dose em Abu Dhabi. O imunizante é aplicado em duas doses.

Em dezembro, a Rússia divulgou os dados gerais de eficácia da vacina, que ficou em 91,4%. Na prática, isso significa que ela conseguiu evitar 91,4% dos casos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas. Nenhum voluntário vacinado teve um caso grave de Covid. Os resultados ainda não foram publicados em revista científica.

Fonte: G1

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