Farmacêutica brasileira produzirá vacinas da Pfizer contra a covid
O imunizante fabricado aqui será distribuído também para os países vizinhos
A farmacêutica Eurofarma anunciou nesta quinta-feira que assinou uma carta de intenções com as empresas Pfizer e BioNTech, as duas dos Estados Unidos, para a produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil.
O imunizante fabricado aqui será distribuído também para os países vizinhos, como afirmou o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Segundo ele, as doses produzidas aqui vão se somar à produção de outros países para serem enviadas ao continente.
De dezembro do ano passado até agora, a Pfizer e a BioNTech enviaram mais de 1 bilhão e 300 milhões de doses de vacina para mais de 120 países e territórios. A meta agora é ampliar a produção em fábricas ao redor do mundo, para conseguir enviar 2 bilhões de doses do imunizante para países de renda baixa e média, até o fim do ano que vem.
O imunizante da Pfizer foi o primeiro a conseguir na Anvisa o registro definitivo para uso no Brasil. E, até agora, é o único autorizado para aplicação em adolescentes de 12 a 17 anos. Os demais só podem ser aplicados em maiores de 18.
Além da Pfizer, o Brasil utiliza os imunizantes AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. O Vacinômetro do Ministério da Saúde indica que mais de 184 milhões de doses de vacinas já foram aplicadas. São 126 milhões de brasileiros parcialmente imunizados, que ainda precisam tomar mais uma dose de imunizante, e quase 58 milhões que já concluíram a vacinação com duas doses ou com a vacina de dose única.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou o anúncio da fabricação da Pfizer no país. Ele destacou a importância das vacinas na redução de mortes e de novos casos de covid-19.
A Eurofarma é uma multinacional, com sede no município de Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo, e está presente em 20 países da América Latina. A produção nacional das vacinas desenvolvidas pela Pfizer vai ocorrer na sede da farmacêutica brasileira.
Em nota, a Eurofarma informou que já iniciou o processo de transferência tecnológica e a instalação de equipamentos. A previsão é que a fabricação local comece no ano que vem e chegue a 100 milhões de doses por ano.
Fonte: Agência Brasil