Jayme diz que coligação favorece balcão de negócios: É dinheiro para pilantras
Proposta que retornou com coligações partidárias foi aprovada na Câmara na semana passada e agora segue para o Senado
Proposta que retornou com coligações partidárias foi aprovada na Câmara na semana passada e agora segue para o Senado
O senador Jayme Campos (DEM) acredita que o Senado vá rejeitar a emenda que retornou com as coligações nas eleições partidárias. A proposta foi aprovada no início do mês, na Câmara dos Deputados, no âmbito da reforma eleitoral, e depende da aprovação dos senadores para ser implantada.
De acordo com o senador, maioria do Senado já tem se posicionado contrária ao retorno das coligações, que foi vetada há pouco tempo. Jayme lembrou que já houve uma minirreforma eleitoral em 2017, quando o Congresso aprovou o fim das coligações. Por isso, ele avalia que não faz sentido modificar uma decisão tão recente.
“Em menos de 4 anos volta o mesmo assunto? Isso diminui o Congresso Nacional. A cada eleição, dependendo do interesse de alguém ou do partido você muda a legislação eleitoral?”, disse.
Jayme ainda compartilhou que, em sua visão, as coligações favorecem um sistema de “balcão de negócio” entre os partidos políticos. Ele ainda avaliou que há um número grande de partidos políticos, cuja finalidade real seria transações financeiras.
“O Brasil tem 35 partidos políticos, e, na medida que você permitir, na próxima eleição já vão ser 55 partidos políticos. Muitos deles sabem o que que é? Balcão de negócios. Fazem um partido para negociar, para vender horário de televisão ou para pegar fundo partidário”, avaliou.
O democrata manifestou que, no entanto, haveria assuntos mais importantes para serem discutidos pelos políticos, como o fim do fundo eleitoral.
O senador se mostrou revoltado com manobra feita no Congresso Nacional em julho, que aprovou um valor quase três vezes maior do que o fundão de 2018, quando os partidos receberam R$ 2 bilhões para as campanhas. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada, seriam R$ 5,7 bilhões de fundo partidário para 2022.
“Colocaram na LDO R$ 5,7 bilhões para fundo partidário, dar dinheiro para alguns pilantras serem candidatos. Você quer ser candidato? Vai ser candidato com seu dinheiro. Vai gastar sola de sapato, vai gastar saliva”, criticou.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou esse trecho da LDO que trata do fundo partidário.
Fonte: Conexão Poder