Pneumologista alerta para riscos de infecções respiratórias agudas durante as quedas de temperatura

As doenças podem variar desde um caso leve de síndrome gripal à uma pneumonia

Foto: Imagem de Anastasia Gepp por Pixabay

Com a chegada da frente fria neste período do ano, as infecções respiratórias agudas são as doenças que mais afetam pacientes, desde uma simples virose ou até uma pneumonia, conforme explica o médico pneumologista Clóvis Botelho, credenciado ao Mato Grosso Saúde pela Clínica Vida.

“O nosso aparelho respiratório trabalha em condições climáticas ideais de 36,5°C a 37,5 °C de temperatura. Se aqui fora estiver muito frio, nosso sistema respiratório trabalha mais para aquecer esse ar, além disso, ele também tem que fazer a umidificação do ar seco. O contrário também acontece, se estiver muito quente, o sistema respiratório tem que refrigerar esse ar”, afirmou o pneumologista.

O médico diz que “como toda máquina, quanto mais você aumenta a carga de trabalho, maior é o desgaste”. Além das condições climáticas, existe a sazonalidade das doenças, principalmente as viroses respiratórias que, em muitos casos, são benignas e se resolvem com medicações, chá e repouso.

De acordo com o médico, em alguns casos de viroses se complicam com inflamação das vias aéreas superiores, como rinites, sinusites e até pneumonia, pois dependem das condições de saúde do paciente e se o vírus que o acometeu é mais agressivo.

“Tudo depende do indivíduo e do tipo de virose. A maioria dos casos são os resfriados comuns, eles agridem menos, mas em casos de vírus mais agressivos como o da influenza, ou mesmo o coronavírus, pode ocorrer uma agressão maior”, acrescentou o Dr. Clóvis Botelho.

Nos quadros em que o paciente possui uma doença base, como asma, enfisema pulmonar, cardiopatia, entre outras comorbidades como diabetes, ou é fumante, a virose pode desencadear crises mais graves.

O pneumologista destaca que em Mato Grosso, com o clima seco, baixa umidade do ar e poluição atmosférica causada pela fumaça e mudanças climáticas bruscas, a situação piora. 

“Ao juntar tudo, é prejudica a via aérea e vai proporcionar crises e mais crises de exacerbação de doenças já existentes ou de acometimentos de outras”.

Coronavírus

O Dr. Clóvis Botelho alerta que ainda está longe o momento de tranquilidade quanto ao coronavírus no Brasil. Conforme ele cita, neste momento, apenas 12% da população recebeu a aplicação das duas doses do imunizante, que é o que traz segurança.

“Somente quando estiver com 70% da população vacinada com as duas doses, teremos uma certa tranquilidade em relação à pandemia. Enquanto isso tem que se tomar cuidado, manter distanciamento, continuar usando máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações”.

Exercícios e hidratação

Em períodos de frente fria, o pneumologista recomenda que as atividades físicas sejam praticadas em um horário em que a temperatura esteja mais amena, para evitar um resfriamento, por isso, o especialista orienta que o momento ideal para as práticas de exercícios físicos seja pela manhã, devido ao baixo nível de poluição e uma melhor umidade do ar, uma vez que Mato Grosso, em via de regra, tem o clima quente e poluído, além da baixa umidade do ar.

A recomendação para pacientes com doenças coronarianas é realizar aquecimentos mais longos e iniciarem as atividades com exercícios mais leves, não começando em seu pico máximo.

Por fim, o médico alerta para o período de seca e poluição que está chegando em Mato Grosso. “Vamos começar um período de baixa umidade, calor intenso e poluição, a hidratação redobrada é extremamente importante”, concluiu.

Fonte: Portal Sorriso

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