Justiça bloqueia imóvel de R$ 1,1 milhão dos pais de atiradora em Cuiabá

Bloqueio visa garantir ressarcimento à mãe da vítima, Patrícia Hellen Guimarães

Midia News

O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o bloqueio de um imóvel, avaliado em R$ 1,1 milhão, pertencente ao casal Marcelo e Gaby Cestari. 

Eles são pais da adolescente que atirou e matou a amiga Isabele Guimarães Ramos.

A decisão atende a um pedido da mãe da vítima, Patrícia Hellen Guimarães, para garantir o ressarcimento pelos danos morais e materiais pela perda da filha. O processo está em segredo de Justiça.

O imóvel bloqueado está localizado no Jardim Guanabara, em Cuiabá.

Em despacho publicado na última semana,  o magistrado indica um perito para fazer a avaliação do imóvel bloqueado.

“Intimem-se as partes, por intermédio de seus representantes judiciais, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestem-se quanto ao impedimento ou suspeição do perito, se for o caso, indiquem assistente técnico e apresentem quesitos. Anoto que as partes deverão justificar a pertinência e necessidade de seus quesitos, sob pena de indeferimento”, determinou o juiz.

Segundo Patrícia, a morte da filha causou danos morais e materiais cuja indenização, segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, pode superar mil salários mínimos, o que corresponde a mais de R$ 1,1 milhão.

Para reparar esse dano, a defesa da empresária realizou consulta no sistema da Associação dos Notários e Registradores de Mato Grosso (Anoreg/MT) e descobriu 15 imóveis pertencentes ao casal.

Em decisão de abril deste ano, o magistrado apontou que seria necessário que Patrícia listasse o valor desses imóveis sugeridos para arresto. No dia 26 de maio, a empresária juntou informações do único imóvel ao processo.

Segundo ela, o imóvel foi adquirido por Marcelo Cestari por R$ 950 mil em 2016. “No entanto, na guia de IPTU de 2021 do imóvel consta o valor venal de R$ 1.153.831,43”, apontou.

O caso

Isabele foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela amiga na noite de 12 de julh de 2020, um domingo.

A perícia de necropsia, produzida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), apontou que o disparo foi realizado no rosto da adolescente, a curta distância, e causou traumatismo crânio-encefálico.   

Em janeiro, a adolescente foi sentenciada pela juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Desde então, ela está internada no Complexo Pomeri, em Cuiabá.

Os pais da adolescente respondem um processo separado pelos fatos. 

Fonte: Mídia News

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