Dilmar diz que Gaeco levou R$ 150 mil de sua casa, mas dinheiro era de venda de trator e havia nota fiscal

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de Dilmar, Pedro Satélite e da assessora parlamentar

Dilmar diz que Gaeco levou R$ 150 mil de sua casa, mas dinheiro era de venda de trator e havia nota fiscal
Foto: Olhar Direto

Segundo o parlamentar, sua família foi atacada durante a operação. “Mesma coisa quando vai [me investigar] porque diz que me viu almoçando num restaurante em Ipiranga do Norte, e agora arquiva. Então as coisas são difíceis, hoje tudo é o contrário. Eu acho que antes das suposições, [deveriam] chama[r]  para ver o que tem de verdade ou não, e saber separar o que é o público e o que é privado. Privado é uma coisa e público é outra. As licitações nunca pararam, todas elas continuaram, o processo continuou, tanto que o Estado agora suspendeu. Suspendeu porquê? Tem alguma coisa irregular, alguma coisa errada? Não tem nada, tudo aconteceu normal”, lamentou o parlamentar.

Dilmar Dal Bosco (DEM) e Pedro Satélite (PSD), alvos da operação, integraram a Comissão Especial de Transportes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nas condições de relator e presidente. Ambos agiram, segundo investigação, para atrapalhar procedimento licitatório. A terceira fase da “Operação Rota Final” busca apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e  Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT) .  

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de Dilmar, Pedro Satélite e da assessora parlamentar. Foi cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves (aviões), vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes. 

A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao GAECO-MT em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do NACO Criminal. O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. 

Para Dilmar, a ação foi falha e injusta, e na época ele só estava fazendo seu trabalho como parlamentar. “Eu acredito que daqui a uns dias nós não vamos poder ser parlamentares, não vamos poder ser legislador. Até porque proposituras são apresentadas todos os dias dentro do parlamento, e muitas proposituras são inconstitucionais, como essa própria PEC. É o direito de cada um ter uma defesa. Chega lá dentro da Assembleia, da legislativa, vários problemas de setores segmentos, e você tem que trabalhar por isso”, argumentou.

“Dentro da Assembleia aparece todos os pedidos, e aí você defende o que acha que está certo. Um estudo feito pela empresa, quando feito lá em 2010, falava de quase 8 milhões de usuários dentro do estado de Mato Grosso. Um relatório da Ager em 2014 falava que tinha metade. Quando o Projeto de Lei veio para aprovar em 2011, vários colegas deputados usaram a tribuna falando, olha, isso aqui é um ctrl C ctrl V, na justificativa tinha o estado do Ceará, inclusive, isso tudo foi mostrado”, completou. Segundo Dilmar, o projeto da licitação apresentava falhas. Ele é acusado de tentar atrapalhar o procedimento licitatório para beneficiar a Verde Transportes.

Fonte: Olhar Direto

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