‘Minha versão será esclarecida com quem mereça’, diz falsa enfermeira sobre vacinação clandestina em BH
Enfermeira deixou a sede da PF dizendo não saber se imunizantes aplicados em empresários eram contra a Covid. Ela também deu um tapa no microfone do repórter
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A falsa enfermeira Claudia Pinheiro, que aplicou supostas vacinas em empresários de Belo Horizonte, deixou a sede sede da Polícia Federal da capital mineira afirmando não saber se as vacinas usadas eram contra a Covid-19.
O depoimento de Claudia Pinheiro na tarde desta terça-feira (15) durou quase sete horas. Ela deixou o local por volta das 21h15.
A declaração foi dada à reportagem da TV Globo enquanto Claudia se dirigia para um carro de aplicativo. Com ironia, a suspeita afirmou que tudo será esclarecido no “devido momento”.
“A minha versão vai ser esclarecida no devido momento e com quem mereça”, disse.
Questionada se se arrependia do envolvimento no caso da vacinação clandestina, a mulher disse que só se arrepende da imprensa. Nesse momento, ela deu um tapa no microfone da TV Globo, que estava com o repórter Magno Dantas.
Relembre o caso
A cuidadora de idosos, que se passava por enfermeira, é suspeita de aplicar supostas vacinas contra a Covid-19 em uma garagem de ônibus e em condomínios de luxo de Belo Horizonte. A suspeita cobrava R$ 600 por dose. Ela chegou a ser presa no fim de março deste ano, mas foi solta em abril.
Ela, o filho dela e o genro foram indiciados por associação criminosa e por falsificar produtos destinados a fins terapêuticos.
Origem do produto
Uma das três linhas de investigação da Polícia Federal na Operação Camarote aponta que os produtos aplicados pela falsa enfermeira não eram de vacina contra a Covid.
“Pelos indícios do material que foi identificado, tudo indica que seja material falso”, disse o delegado Rodrigo Morais Fernandes.
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O delegado Leandro Almada havia adiantado à TV Globo três linhas de investigação: supostamente, pode ter havido a importação irregular ou ilegal de imunizantes; hipótese de desvio de imunizantes pelo Ministério da Saúde; e fraude.
As seringas de 3 ml encontradas na casa da falsa enfermeira eram, de fato, para imunização.
Procurada pela reportagem, a defesa de Claudia Pinheiro não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: G1