MATUPÁ: Zafonato questiona decisão que o cassou

O ex-prefeito classificou a decisão como “muito estranha”, mas já pensa na eleição suplementar

Foto: Assessoria

No último dia 20 de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu pela cassação do mandato do prefeito de Matupá, Fernando Zafonato (DEM), como também, de seu vice, Bruno Mena.

De acordo com o TSE, Zafonato estaria inelegível para a disputa das eleições do ano passado por conta de uma condenação por improbidade administrativa ocorrida na gestão passada, que envolve a contratação de ônibus para transporte escolar no município, onde uma empresa teria recebido um valor de R$ 5.200,00 em um período de férias escolares em que em tese não deveria haver movimentação de transporte.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Estado, Zafonato esclarece a história e dá a sua versão do fato. De acordo com o gestor, o município tinha, na época, dez ônibus alugados e a administração municipal segurou dois para fazer o transporte dos professores, já que a escola em questão fica a 120 km da área urbana do município. “No início do ano eles tinham que fazer cursos para retomar as aulas. Então dos dez ônibus nós seguramos dois para puxar os professores até o início de janeiro e isso gerou R$ 5.200,00 de despesa. A justiça disse que não tive dolo que não queria cometer nada errado”, explicou.

O juiz eleitoral da região de Matupá não viu problema em homologar o registro de candidatura de Zafonato para as eleições de 2020, o mesmo ocorreu com o Tribunal Regional Eleitoral, mas o TSE em Brasília teve parecer diferente as instâncias regional e estadual.

Zafonato na entrevista considera uma decisão estranha do TSE, já que nas duas anteriores o entendimento era de que não se tinha motivo para o impedimento da candidatura.

“Se você pegar uma outra candidatura aí, o cara tinha mais de 500 mil em notas frias em uma empresa e aprovaram o registro dele [para disputar a eleição], já o meu R$ 5.200, o ônibus estava trabalhando e não aprovaram. Então, é um pouco complicado”, bradou Zafonato.

RECORRER

DA DECISÃO

Ainda na entrevista, Zafonato foi questionado sobre a possibilidade de recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O advogado dele em Brasília ainda está analisando os fatos, mas a perspectiva não é de uma reversão do caso. “Se quer foi publicada até agora a decisão. Para a gente ter uma possibilidade de recurso a gente tem que ter a decisão na mão, mas até hoje não foi publicada, então é complicado, estamos esperando a publicação da decisão para ver quais as possibilidades. Possibilidade de recurso tem, mas não sei se vai ser acatado”, comentou.

Se a possibilidade de recurso não se concretizar, o ex-prefeito já sabe os caminhos a seguir. Apoiar a candidatura de seu vice, Bruno Mena, em uma eleição suplementar que já está marcada pela Justiça Eleitoral para o dia 1º de agosto. “Vamos eleger o Bruno da mesma forma que eu me elegi, eu não perdi eleitores, muito pelo contrário. Nesses poucos meses na gestão eu ganhei mais então a gente vai eleger o Bruno. Nós em quatro meses e meio de gestão, nós conseguimos economizar mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos sem parar nada e sem diminuir o ritmo de atividades. Então o município tem muito dinheiro para investir”, enfatizou.

Fonte: Diário do Estado

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