Em São Vicente Mulher encontra corpo de irmão desaparecido há cinco dias perto de rio e polícia investiga o caso
Marcos Henrique de Oliveira desapareceu na madrugada do dia 23 de maio. Corpo foi localizado em São Vicente
Depois de passar cinco dias procurando pelo mecânico Marcos Henrique de Oliveira, de 47 anos, a irmã dele o encontrou sem vida, às margens de um rio em São Vicente, no litoral de São Paulo. Em entrevista ao G1, a mulher, que preferiu não se identificar, informou que a cena foi horrível e que está sendo um momento difícil para toda a família.
Marcos Henrique de Oliveira desapareceu na madrugada do dia 23 de maio. Ele estava dormindo na residência onde mora com os filhos e a esposa, no bairro Jóquei Clube, quando acordou muito nervoso e em surto. Ele saiu de casa, dizendo que estava sendo perseguido, e não foi mais visto pela família. Logo após o desaparecimento, a família notificou a Polícia Civil e passou a procurá-lo pela cidade.
O homem não tinha problemas psiquiátricos e nem fazia uso de drogas. Segundo a irmã, foram dias muito exaustivos de busca pelo homem. Todos os familiares se mobilizaram para encontrá-lo. “Chegavam para a gente várias coisas sobre ele, que ele estava no Crei [Hospital Municipal], ou em uma praça. Andamos por tudo aqui, [bairro] Tancredo Neves, Náutica e nada”, afirma.
A mulher conta que, após cinco dias, decidiu percorrer o rio próximo a casa deles, localizado a cerca de 3 quilômetros de distância. A maré estava baixa, o que facilitou a navegação pelo local. “Colocamos gasolina no barco de alguns pescadores e fomos à procura”, explica. Os familiares passaram o dia todo percorrendo a extensão do rio.
No fim da tarde, ela e um dos pescadores encontraram um corpo boiando próximo a margem. “Eu vi que era branco, só que eu nunca tinha visto um corpo assim, em estado de composição. Ainda falei que não era ele e acionei os bombeiros. Depois, vimos as roupas, o anel que ele usava e o relógio. Não tivemos dúvidas que era ele”, revela.
Para ela, a sensação de encontrar o próprio irmão sem vida foi muito difícil. “Foi horrível porque ele era meu irmão, meu sangue, a gente era muito próximo. Estou inconformada. Ficou um ponto de interrogação”, desabafa. O corpo foi encaminhado para a Instituto Medico Legal (IML) de Praia Grande.
O caso foi registrado como morte suspeita no 2º DP de São Vicente. De acordo com a Polícia Civil, não foi possível determinar se havia marcas de agressão, devido ao estado de decomposição do corpo. A equipe de investigação aguarda o resultado do laudo necroscópico. O exame deve ficar pronto em até um mês e vai determinar a causa da morte, se foi afogamento ou homicídio.
Fonte: G1