Casal acusado de congelar animais pode responder por 6 crimes em Belo Horizonte
Veterinários, donos da clínica Animed, em Nova Lima (MG), já foram presos e são investigados pela Polícia Civil por maus-tratos
O casal de veterinários investigados por maus-tratos contra animais na clínica Animed, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, podem ter que responder, na Justiça, por seis crimes. A Polícia Civil concluiu a primeira fase das investigações e remeteu a apuração ao Ministério Público.
O inquérito policial foi aberto em agosto de 2019 para investigar um suposto descarte irregular de lixo veterinário. No entanto, ao longo das investigações, os policiais descobriram que, além disso, o casal de veterinários e alguns funcionários da clínica enganavam os donos de animais para aumentar os custos com tratamentos.
De acordo com as investigações, eles podem responder, na Justiça, por estelionato, infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, maus-tratos a animais, poluição ambiental e crime contra as relações de consumo.
O caso
A clínica veterinária comandada por Marcelo Dayrell e Franciele dos Santos, localizada em Nova Lima, foi investigada pela Operação Arca de Noé, em 2019, pelo descarte irregular de lixo veterinário junto com o lixo comum.
No entanto, as investigações da época foram ampliadas depois que os policiais constataram que os veterinários realizavam diagnósticos errados, transfusões de sangue desnecessárias em animais que iam para tomar banho e tosar, além do uso de medicamentos vencidos. Além disso, segundo a polícia, o casal chegava a congelar cachorros mortos para cobrar mais diárias dos donos.
Marcelo foi preso no dia 22 de novembro de 2019 e ficou preso durante uma semana. Já Franciele estava foragida, mas depois foi presa na região metropolitana de São Paulo. Ambos foram soltos devido a um habeas corpus concedido pela Justiça.
O veterinário foi condenado pelo Conselho Regional Medicina Veterinária a pagar multa de R$ 2 mil. O colegiado também determinou uma punição de “censura pública”. Franciele ainda aguarda julgamento do conselho.
Outro lado
Em nota, a defesa de Marcelo Dayrell e Francielle Fernanda afirmou que os veterinários são “vítimas de uma série de denúncias falsas, disseminadas com intuitos escusos”. Ele alegam que o hospital veterinário sempre seguiu preceitos éticos e pauta sua atuação pelo bem-estar animal.
Os advogados afirmam que, mesmo após um ano de investigações, “nem mesmo o Ministério Público foi capaz de apresentar, de forma segura, provas da existência dos crimes alegados” e que a perícia feita nos equipamentos na clínica não encontrou nenhum indício dos crimes os quais os profissionais são acusados.
Fonte: R7