Em MT, 48 grávidas morreram por Covid-19 e mais de 2 mil foram infectadas
A situação das grávidas é analisada na categoria de ‘casos especiais’
Em Mato Grosso, 48 grávidas morreram em decorrência da Covid-19 e 2.152 gestantes foram infectadas pelo vírus desde o início da pandemia. Os dados são da Secretaria de Estadual de Saúde (SES).
Os dados consideram o período de 2020 a maio de 2021.
De acordo com o Ministério da Saúde, a situação das grávidas é analisada na categoria de ‘casos especiais’, a mesma que avalia como deve ser o atendimento de cardíacos e outros pacientes vulneráveis.
Só em abril, pelo menos três gestantes morreram com a doença.
No dia 3 de abril, uma jovem de 20 anos que estava grávida de 7 meses morreu em decorrência da doença em Sinop, no norte do estado.
Mikaely Karoline Souza estava internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aguardava por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há quatro dias. Também não foi possível retirar o bebê, que morreu junto com a mãe.
Três dias depois, no dia 6 de abril, outra grávida de sete meses morreu após ficar uma semana internada em um hospital de Cuiabá. Kelly Arruda, de 27 anos, trabalhava na linha de frente.
Ela foi intubada e precisou passar por uma cesárea de emergência. A jovem morreu logo após o parto. O bebê foi internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
No mesmo dia, a médica Cibele Bento Rodrigues, de 38 anos, foi a óbito, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Ela estava grávida de oito meses e os médicos conseguiram salvar o bebê em um parto de emergência.
Cibele precisava ser intubada, mas sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Outras duas gestantes precisaram passar por um parto de emergência por consequência da Covid-19.
Vanessa Tomizawa, de 40 anos, estava com 30 semanas de gestação e foi atendida em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Ela deu à luz a gêmeos, no dia 13 de abril. Eles foram internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em seguida.
No mesmo dia, a jovem Bruna Luiza Cardoso, de 24 anos, recebeu alta sob aplausos dos profissionais de saúde em um hospital em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá. Ela estava grávida de 7 meses e foi submetida a um parto de emergência após ser diagnosticada com a Covid-19.
De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos não devem descartar a chance de um agravamento do quadro de infecção por coronavírus em gestantes, já que há uma maior vulnerabilidade às infecções em geral durante o período.
Entre as determinações, estão uma consulta bimestral com um profissional de saúde e a individualização dos cuidados para cada mulher sobre como deverá ser o parto.
Fonte: GC Noticias