Essencial é a vida, diz presidente do Sintep sobre possível volta às aulas

Valdeir Pereira afirmou que medida coloca em risco a vida de mais de 120 mil profissionais

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Valdeir Pereira afirmou que medida coloca em risco a vida de mais de 120 mil profissionais

No meio do furacão sanitário que já matou mais de 8 mil pessoas no estado, os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovaram nesta quarta-feira (14), em segunda votação, a inclusão da Educação como atividade essencial do Estado.

A decisão atende a pressão das instituições privadas e de muitas redes municipais para a abertura das unidades escolares para atendimento presencial dos estudantes.

A medida aprovada pelos deputados, com forte pressão do setor privado, parte de movimento de pais e prefeitos, coloca em risco a vida de mais de 120 mil profissionais (toda a Educação Básica e Ensino Superior, público e privado), além de quase 1 milhão de estudantes e os respectivos familiares.

O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, reprovou a medida, pois com definição jurídica de essencial do Projeto irá restringir até mesmo as orientações encaminhadas pelos gestores públicos que têm tratado a pandemia com muita responsabilidade e feito muito esforço para preservar vidas. “A lei demandará muitas mobilizações. Na educação pública a greve será um instrumento para assegurar a vida dos trabalhadores, a vida vem em primeiro lugar”, declara Valdeir.

O dirigente lembra, que nem mesmo a vacinação para os grupos prioritários foram asseguradas. E, mesmo com o anúncio da solicitação de autorização para reservar 10% das vacinas contra a covid-19, que o Estado receberá, para a imunização dos profissionais da educação, não resolverá. Só será possível o retorno às aulas presenciais com segurança, com estudantes incluídos na necessária imunização e familiares. Caso contrário, todos estarão em risco de contágio e morte.

Nas redes sociais do Sindicato, manifestações contra a decisão dos deputados é vista como resistência à retomada do trabalho dos professores. “As pessoas ignoram que a pandemia e o trabalho remoto são muito mais sacrificantes para o professor, que trabalha sem jornada, utilizando equipamentos particulares e com a casa invadida pela escola. É deles a maior expectativa para a volta às aulas presenciais, desde que tenham segurança”, afirma Valdeir.

“Retorno sem vacina será chacina reafirmamos que a nossa defesa é a vida. Infelizmente, para a maioria dos cidadãos de Mato Grosso só restam os hospitais públicos e lotados. Mas, a deputados que foram contaminados pela Covid-19 e tiveram o quadro agravado foram assistidos por hospitais que não atendem a população em geral”, concluiu.

Fonte: Resumo Diário

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